terça-feira, 17 de abril de 2012

you


Eu nunca desistiria de ti se não desistisses de nós. Nem à primeira, nem à segunda, nem à terceira, porque um dia fizeste-me sorrir… fizeste-me acreditar em segundas oportunidades, em justiça e compensação. Deste-me sonhos e eu queria dar-te o mundo. Não queria um boneco fantástico imune de coisas más. Queria-te a ti, com todos os teus defeitos e cuidar de ti todos os dias da minha vida. Sabes o que não queria de maneira nenhuma? Que chegasses montado num cavalo branco fazendo inveja a muitos e criando desejo em muitas, que destilasses perfeição e que fosses sempre o melhor sem nunca vacilares. Não queria isso. Queria-te tal como és, tal como te conheci, com muitas arestas para serem limadas e com a tua teimosia, egoísmo e sentido de superioridade que sempre me irritaram completamente. Sabes porquê? Porque queria fazer de ti uma pessoa melhor a cada dia que passasse, queria construir um presente e um futuro só nossos, queria ensinar-te a dar valor ao que merece ser valorizado e deitar fora tudo o que é desprezível. Queria abraçar-te durante horas e rir até não poder mais. Queria andar contigo à chuva e queria molhar-me! Porque eras tu quem eu queria que me pertencesse e não outra pessoa. Porque era por ti que me queria esforçar e esfolar toda. Porque tu, és tu… e porque um dia me fizeste sorrir, e hoje fazes-me chorar.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

tempos


O amor agora é assim, entregue nas mãos erradas. Agora as pessoas pensam que lutam, fingem que lutam, depositam quase nada como se fosse tudo, enganam-se, dizendo sentir uma coisa que nem elas próprias, na verdade, sabem do que realmente se trata. Já nada está a favor dos reais, já nada é correto. Falta a genuinidade dos tempos antigos, das cartas, das esperas, do respeito, da escassez. O que era belo foi trocado pelo banal, onde tudo se tem e onde tudo se compra. Agora quem nada é, tudo tem. Agarram-se à primeira sombra do amor e vivem este sentimento somente para tapar o vazio do coração, mas esquecem-se que o vazio da personalidade, esse permanece.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mãe

Sinto saudades tuas, de ser pequena, de passear contigo, de estar sempre contigo, de te esperar quando chegavas do trabalho, de dormir contigo, de me dizeres “até amanhã” todas as noites, de resmungares comigo por não querer acordar de manhã, de sermos inseparáveis. Sei que mudaste de vida porque cumpriste a tua missão até ao fim, correste atrás da felicidade e jamais de vou condenar. É inevitável conter as lágrimas quando me mandas alguma mensagem a dizer que nunca te esqueces de mim. Nessas alturas vem-me tudo à cabeça e a tristeza da tua ausência invade-me o coração. Tive que me habituar a ter-te ás prestações, a despedir-me de ti por vários dias. Podem vir muitos amores e desamores, mas Mãe, é Mãe. Nunca te disse, mas AMO-TE. :’) ♥

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

...


Es a melhor pessoa que conheci
És o quente da minha noite fria
Es a tristeza na minha alegria
És o amor que eu nunca vi
Es o únicos sorrisos do do dia
Es o meu desejo mais profundo
É  pensar mais que queria
É ver numa pessoa, o mundo
Es o azar na minha sorte
Es as lágrimas de saudade
Sem ti vivo a morte
Tu es a minha metade


domingo, 22 de janeiro de 2012

...

Apesar de tudo, ainda me fazes sorrir. Ainda sonho com o nosso futuro impossível, ainda adormeço embalada pela tua voz já sumida, ainda encho o coração com a tua presença já extinguida. O tempo vai passando, embora tenha ficado parada no momento em que te abracei. A tua vida é já não é a minha, os teus sonhos já não são os meus, o teu pensamento já não sou eu e, infelizmente, o teu coração já não é meu. Se pudesse voltava atrás e começava a escrever a nossa história do início, com toda a sabedoria que me fizeste adquirir e se dependesse de mim, a última recordação que tenho em que te tenho, era uma realidade.

sábado, 24 de dezembro de 2011

2007


Um dia disseste-me que a saudade era o que sentíamos quando a pessoa de quem gostávamos ia embora, mas o amor ficava. Finalmente encontrei a estabilidade necessária para te escrever sem ressentimentos ou, sem que algum sentimento pudesse interferir no que realmente queria dizer. Hoje olho para trás e vejo uma menina de coração aberto, pronto a receber-te sempre que quisesses entrar. Vejo-a de braços abertos para o mundo, vejo um sorriso enorme e uma inocência tamanha. Parece que foi ontem. Deste-me as maiores tristezas, os maiores sorrisos, as melhores sensações, deste-me os melhores dias da minha vida. Tinhas uma enorme necessidade de viver intensamente, de ganhares todos os desafios, de seres o mais inteligente e racional, tinhas esse dever para contigo mesmo, tanto que guardavas só para ti o mais importante e explosivo, davas apenas pequenas pistas do vasto mundo complexo que era o teu pensamento. Acho que nunca te conheci apesar de todo este tempo que passámos, sabias? Acho que nunca ninguém te conheceu verdadeiramente. Tinhas uma cara para a maioria das pessoas, e outra completamente diferente para mim. Acho que eras um misto dos dois, um diabo com coração de anjo. E foi por essa “mistura” que me apaixonei como nunca me apaixonarei por ninguém. Só vivemos mesmo alguma coisa quando cometemos as maiores loucuras, e era só contigo que o conseguia fazer. O que me trás mais saudade é o nosso sítio, ainda me custa voltar lá, e evito ao máximo. Tudo precisa do seu luto, as pessoas, os sítios, tudo. E aquele sítio tem de estar guardado apenas nos nossos pensamentos, não temos que lá voltar, o que lá ficou, ficou. Era o palco do nosso amor, em que tudo o que nos rodeava, aplaudia. Aquilo tinha outro cheiro, outra cor, outras pessoas, era a nossa casa emprestada, era lá que nos juntávamos sempre. E a nossa união alimentava aquela enorme beleza. Era lá que te via partir também, e que chorava até te perder de vista por tempo indeterminado. Um dia não voltaste. Tudo mudou, as nossas vidas mudaram, cada um seguiu o seu trajecto e o que dantes nos “olhava” e aplaudia, agora não passam de fantasmas prontos a esmagar-nos a alma e a ferir-nos o coração. É graças a ti e ao que me deste que sou assim, hoje. Carregaste no botão “on” do meu coração, e foi a partir da tua entrada nele, que descobri que apesar de todos os dissabores que nos possam causar, temos a capacidade de sermos pessoas lindas e vivermos coisas espectaculares. Onde quer que estejas, quero que saibas que deixaste a tua marca em mim e tudo o que possas ter sido, fez-me viver coisas que não trocava por nada, fez-me crescer e tentar ser melhor a cada dia que passa. Obrigada por tudo, meu amor, meu amigo, meu demónio, meu inimigo.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Só para ti


A vida prega-nos partidas, e quanto mais tentamos não nos afeiçoar demais a alguém, mais sentimos a falta dessa pessoa, mais ambicionamos a presença dela, e, mais queremos que o nosso coração nos tivesse dado ouvidos. Quem me dera que soubesses a falta que me fazes e como a tua ausência me destrói. Não temos uma história, apenas pequenos excertos do livro da nossa vida em que te acolhi no meu coração, tal como fizeste comigo. Não temos um futuro, mas sei que contigo formava a união perfeita. Quem me dera que um dia parasses para pensar em como deixaste a tua marca em mim de forma irreversível. Se tu soubesses…